O nosso querido contrabaixo acústico, entre muitos outros apelidos, é também conhecido por Maria Gorda.
Aqui vai a lenda da Maria Gorda, de Paquetá (RJ), que achei aqui:
Aqui vai a lenda da Maria Gorda, de Paquetá (RJ), que achei aqui:
A famosa Maria Gorda, de Paquetá (Baobá - Imbondeiro Macho), plantada em 1917 |
Lenda da Maria Gorda
A Maria Gorda é um baobá - uma árvore que existe na Praia dos Tamoios, quase na esquina da Ladeira do Vicente. Ela é originária das savanas da África, e também existe em quantidade no asteróide B 612 de "O Pequeno Príncipe", de Antoine de Saint-Exupéry...Ela é muito conhecida por aqui, não só por ser a maior representante do nosso reino vegetal e pela beleza das suas formas e das suas flores, mas também pela lenda que em torno dela se desenvolveu em Paquetá.
Maria Gorda é como os escravos chamavam Maria Apolinária da Nação Cabinda - uma mucama simpática e de sorriso largo, que trabalhava na casa de um rico comerciante português que morava na Ilha e que tinha muitos escravos.
Maria Apolinária não se conformava com a escravidão e principalmente com o que chamava de ingratidão dos seus senhores brancos, que moravam nas casas construídas pelos negros, andavam pelas ruas abertas pelos negros, comiam a comida plantada e preparada pelos negros, usufruíam do trabalho escravo realizado pelos negros... mas não mostravam sequer um ato de gratidão que marcasse a lembrança do trabalho africano por aqui...
E Maria Apolinária sempre dizia que marcaria essa história. Que quando morresse pediria aos seus orixás para que providenciassem uma forma qualquer de deixar enraizado em nossa Ilha essa lembrança da África negra, que se não era reconhecida no nome das ruas, das praças, e dos monumentos, de alguma forma o seria pela própria Natureza de Paquetá.
E assim realmente aconteceu: numa manhã de primavera, a rede de Maria Apolinária na senzala da casa do seu dono português amanheceu vazia... e ninguém nunca mais viu Maria - a "Gorda"... mas alguém notou que nesse mesmo dia, em frente à casa onde morava Maria, apareceu um arbusto que nunca existira em Paquetá e, ainda mais, que ao contrário do que sempre ocorre, este era um exemplar solitário, diferente do que costuma acontecer no seu local de origem: as savanas da África.
E dizem que no mesmo dia em que Maria Apolinária morreu a Maria Gorda nasceu fincando assim raízes profundas da África em Paquetá.
Placa que fica ao pé do Baobá Maria Gorda, Paquetá (RJ) |
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