segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Feliz 2012!


Queridos colegas contrabaixistas ou não, leitores, blogueiros...

Não tenho postado aqui no blog, porque estou às voltas com os textos finais do meu futuro livro de orientações contrabaixísticas, mas logo logo estarei de volta com meus textos, para os olhinhos de vocês!...

Como eu não poderia me esquecer de vocês nesta época do ano, aqui vão meus votos de Boas Festas e muito contrabaixo na vida 2012 de vocês!...

Abraços e beijocas contrabaixísticas procês!




quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Concurso para professor de contrabaixo temporário (Palmas - TO), até 18/11/2011

Notícia postada no site http://portal.palmas.to.gov.br

A Prefeitura Municipal de Palmas, através da Secretaria Municipal da Educação, faz saber que se encontram abertas as inscrições para o Processo Seletivo para contratação de Prestadores de Serviço para atuarem na Educação Integral, por tempo determinado.

Há vagas para professores de diversos instrumentos. Para contrabaixo acústico há 01 vaga e 02 vagas de reserva.

As inscrições poderão ser feitas no período de 08 a 18 de novembro 2011, no horário das 13 às 18 horas no seguinte local:
Secretaria Municipal da Educação, na Diretoria do Ensino Fundamental/Educação Integral
Endereço: Av. Teotônio Segurado ACSU – SE 10, conj. 01, Lt. 05 Centro, CEP: 77020-002
Palmas – TO

Para ler o Edital do concurso, clique aqui




105- O trem-fantasma da mudança de posição: aspectos importantes


Nos instrumentos de cordas, posição é um pequeno grupo de notas musicais que fazemos com os dedos, sem precisar movimentar a mão para cima ou para baixo.

No contrabaixo, cada grupo de notas de uma mesma posição pode ter de três a quatro notas por corda.
Isso dependerá da técnica de dedilhado usada, se de três dedos (1-2-4 ou 1-3-4) ou de quatro dedos (1-2-3-4), e também da região do instrumento usada, porque na região aguda as posições são sempre com quatro notas (0-1-2-3).

As notas de uma mesma posição podem ser feitas sob uma mesma corda ou nas cordas paralelas, sendo que, para isso, é necessário que a mão esquerda se movimente para os lados.

Quando movimentamos a mão esquerda para cima ou para baixo, chamamos este movimento de mudança de posição.

A mudança de posição acontece sempre que precisamos tocar notas que não existem na posição em que estamos, ou tocar notas que existem na posição em que estamos, mas com outros dedos.

Uma mudança de posição feita de forma adequada evita que ouçamos sons do além entre as notas, e faz com que evitemos fazer da mão esquerda um trem-fantasma desgovernado, com acelerações e freadas bruscas. 

Por mais que você dirija perigosamente a sua mão esquerda e sacoleje o seu trenzinho, os sons do além não vão embora, porque notas indefinidas adoram mão desorganizada.

Para entender como o trem anda, é preciso antes conhecê-lo parado. Só aí é que podemos tirá-lo do seu estado de inércia.

O mesmo ocorre com a mão esquerda: é preciso conhecer bem a sua mão parada para colocá-la em movimento de forma consciente.

Além dos dedos equidistantes - dentro dos padrões usados na técnica de dedilhado escolhida (1-2-4 ou 1-3-4 ou 1-2-3-4) -, é necessário distribuir o peso do corpo e da mão de forma igual sobre os dedos.

Ao distribuir o peso do corpo sobre a mão, isso faz com que esse peso vá para cada dedo, que o receberá de forma igual, mesmo que o seu dedo médio seja alto, forte e bonitão, e que o seu dedo mínimo seja tão raquítico, que você insista sempre em tratá-lo como um dedo diferente dos outros.
Excesso de mimo dá nisso: o dedo se comporta como o coitadinho, e está sempre se levantando quando não é chamado...

Quando se escorrega a mão, o braço vai junto. A mudança de posição não é feita somente com o dedo que sai de uma nota ou com o dedo que chega a outra nota.

Com o peso do corpo em cima de cada dedo, os bonitinhos não terão como fazer balé na hora do seu estudo. Peso pesa e dedo pesado não levanta à toa, gente!

Se a mudança será feita com o dedo 1, os outros dedos escorregam um pouco acima da corda, procurando mantê-los alinhados entre si, ou seja, enquanto o dedo 1 está escorregando sobre a corda, o dedo 2 não está sendo dublê de antena, nem o dedo 3 está tentando respirar e nem o dedo 4 fica pedindo socorro. 

Sabe aquele ditado que diz que “enquanto um burro fala, o outro puxa a orelha”?
Pois é, enquanto um dedo toca, os outros ficam por perto, tentando ouvir.

Eles não mudam de lugar, só levantam um pouco, e esperam a vez de serem convocados de novo. Eles estão sempre pesados. Quando um dedo fica levantado ou sai do lugar de onde deveria estar, é porque está sem o peso do corpo para mantê-lo ligeiramente curvado e sem tensionamento.

Daí, a importância de fazer uma mudança de posição com a mão relaxada.

Mudança de posição com a mão dura deixa os dedos “assustados”, e dedos assustados são imprevisíveis: tanto podem atrasar a emissão da próxima nota, como podem nem mesmo conseguir chegar nela.

Mudança de posição feita com aceleração brusca de saída e freada brusca de chegada, resulta em uma mudança sem preparação, feita muito em cima da hora.

E essa variante de velocidade costuma ser audível, especialmente se vier acompanhada de acelerações com o arco. Isso faz com que cada mudança de nota venha com um “crescendo” no fim da nota que vai mudar e outro no fim da nota que mudou. Um horror!

A mão esquerda anda sempre à frente do arco. Por isso, as mudanças de posição devem ser feitas de forma equilibrada, antecipada e tranquila: quando o arco muda de direção, a mudança de posição já aconteceu fração de segundo antes. Ela não acontece ao mesmo tempo, para que os sons do além não sejam mais audíveis.

O contrabaixo é um instrumento grande, grave e, para muitos, grotesco. Notas claras e precisas favorecem a compreensão e a expressão musical, e ajudam a diminuir o preconceito com o instrumento que, por si só, já assusta muita gente. 

Não precisamos fazer dele um ator de filme de terror musical, com sons esquisitos, mãos estranhas, etc.

Lembre-se de que no futuro, só quem se divertirá com esse seu trem-fantasma são os outros, contrabaixistas ou não.

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terça-feira, 15 de novembro de 2011

104- O contrabaixista e o monstro: sobre o uso da força e do peso


Na calada do dia ou da noite, você se tranca com o contrabaixo no quarto para estudar e coisas estranhas começam a acontecer: aquela mão esquerda que você achava linda e dócil some, para dar lugar a um monstro duro e ossudo a cada vez que você encosta no contrabaixo...
Por mais que você estude e leia métodos, nada de achar o antídoto!...

Para evitar que a sua linda mão esquerda de repente vire monstro no contrabaixo, é importantíssimo aprender a diferenciar o uso da força, do uso de peso do corpo.

Gostaria antes de esclarecer que a força tratada neste texto é aquela em que você acrescenta esforço físico para pressionar as cordas do contrabaixo, e causa tensionamentos e/ou dor, tanto durante a ação, quanto após a mesma.

Essa força necessita do peso do corpo para exercer sua ação sobre as cordas, para pressionar as cordas. O peso do corpo não necessita de força para exercer sua ação sobre as cordas (pressionar as cordas), e é esse peso que utilizamos para tocar o contrabaixo.

Faça um pequeno teste para sentir a diferença entre peso e força: chegue agora a sua mão esquerda para a beirada da sua mesa do computador e deixe-a com a palma da mão voltada para a mesa, como se ela fosse uma tartaruga a observar a vida. Não precisa chapá-la na mesa. Deixe o cotovelo bem solto, próximo a seu corpo.

Agora, aproxime a sua mão direita da sua tartaruga e faça-a pular em cima da sua mão direita, ou seja, jogue-a em cima dela, mantendo-a tão descansada a observar a vida como estava antes.
O nome disso que deixa a sua mão tranquila tanto em cima da mesa, quanto em cima da outra mão, se chama peso do corpo, e não força bruta. 

Se você quiser, aproveite para levantar cada dedo da mão esquerda com a mão direita. Você pode aproveitar também para afastar um pouco os dedos para os lados, pois você precisará disso mais tarde.

Com isso, pode até parecer que os dedos estão leves demais, mas esse peso é mais do que suficiente para pressionar uma corda, ainda mais depois que você passar a utilizar todo o peso do braço de forma mais completa, junto com o peso do corpo para fazer isso.

O peso do seu corpo só necessita da ajuda de uma força para pressionar as cordas: a da gravidade.

Agora, a sua mão vai “acordar” e passará de tartaruga a monstro: faça força com ela em direção à mesa. Para piorar o quadro, e ficar mais parecido com o uso da força no contrabaixo, passe o polegar para baixo da mesa e “segure” a mesa com força. Relaxe e lembre-se da tartaruga novamente. Intercale mais uma vez as duas fases da mão, antes de passar para o contrabaixo.

Tente fazer com que a sua mão no contrabaixo consiga observar a vida em cima da primeira corda (sol), porque ela é a mais fina e combina melhor com uma tartaruga.

Não tem problema se os dedos ficarem grudados uns nos outros como arroz empapado. O que importa agora é entender a diferença entre a pressão exercida pelo uso do peso do corpo e a pressão exercida com o uso da força. Depois, você procura a perfeição. Até a rima vem antes disso.

Depois de relaxar bem a mão esquerda, faça-a virar monstro e pressione-a em direção à corda, se possível com uma força média, para não se machucar. Aí, passe o polegar para baixo do braço e agarre o braço. Relaxe e lembre-se do paraíso das tartarugas, praia, sol, mar, férias e coloque a mão de novo no contrabaixo. Intercale as duas fases uma ou mais vezes, até você entender bem a diferença entre postura com o uso do peso e a postura com o uso da força.

Depois que você tiver fixado bem essa diferença, é hora de manter a mão esquerda na corda gradativamente, procurando sempre aumentar o tempo da mão relaxada e diminuir o tempo de mão tensa.

Comece fazendo isso por dois segundos. Relaxe e recomece por mais dois segundos. Faça uma série com quatro repetições de dois segundos. Relaxe por 2 minutos e recomece a série com quatro repetições de três segundos. Só volte a repetir estas séries no seu próximo turno de estudo (manhã- tarde- noite).

Faça estes exercícios por uns três dias e daí, passe a fazer uma série com quatro repetições de três segundos e depois para a série com quatro repetições de quatro segundos.

Quando a mão estiver “nos trinques”, é hora de afastar os dedos e adaptar a forma da mão a uma das técnicas de dedilhado (1-2-4 ou 1-3-4 ou 1-2-3-4), lembrando que o peso do corpo sobre o contrabaixo continua o mesmo, o relaxamento da mão continua o mesmo, e que a única coisa que muda é o afastamento dos dedos, que você já fez lá trás - na época que a sua mão ainda era uma tartaruga-, e viu que não precisava tensionar nada ao mexer nas “patinhas” da sua tartaruga. Continue sempre assim.

E aí descobrimos que o antídoto para a sua história do contrabaixista e o monstro é a conscientização sobre o uso do peso e da força, e muita ginástica anti-monstro para a mão esquerda ficar forte... e relaxada!

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103- Fábulas contrabaixísticas: o contrabaixista Lebre e o contrabaixista Tartaruga

Um dia, o contrabaixista Lebre encontrou o contrabaixista Tartaruga num ensaio, e aproveitou para implicar o quanto pode com o seu passo lento e seu jeito disciplinado de encarar a vida contrabaixística.

- Mesmo sendo tu quase tão veloz quanto um violinista estabanado, ainda vou ganhar-te num concurso! – respondeu o contrabaixista Tartaruga pacientemente.

O contrabaixista Lebre, pensando que tal era impossível, aceitou o desafio.
Como havia um concurso para uma orquestra em andamento, combinaram então que ambos se inscreveriam nele.

No dia combinado do concurso, os dois se encontraram com o pianista acompanhador e partiram para a performance.

O contrabaixista Tartaruga começou a tocar uma música não tão rápida e de forma equilibrada, nunca parando pelo caminho, até o fim da partitura.

O contrabaixista Lebre largou desembestado numa música virtuosística, perdeu o tempo da música, trocou o ritmo, tropeçou, embolou as notas, até que parou no meio execução para procurar pelo pianista, que tinha ficado lá no meio do caminho...
Quando voltou a tocar, recomeçou a correr o mais rapidamente que pode, para recuperar o tempo que ele achava ter perdido. 

Mas já era tarde... 

Na hora do resultado, o contrabaixista Lebre soube que o contrabaixista Tartaruga tinha ganhado o concurso e que já estava a descansar confortavelmente sobre os elogios e apupos da banca e do público.

Moral da história:
Devagar, mas com persistência, continuará os estudos contrabaixísticos e a Música, e terá a chance de fazer boas escolhas contrabaixísticas.

Esta fábula contrabaixística é baseada num fato real, que presenciei durante um curso dado pelo grande contrabaixista italiano Franco Petracchi, aqui no Brasil.
Nele, quase todos os contrabaixistas executantes optaram por tocar peças difíceis.
Ao fim do curso, Petracchi comentou que os contrabaixistas deveriam escolher peças adequadas ao seu nível no instrumento, para evitar perda de tempo.

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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Até hoje: concurso para professor de contrabaixo (Americana - SP), 11/11/2011



Notícia postada no site http://www.concursosaki.com.br

Divulgados os editais 002/2011 e 003/2011 para o provimento de 39 vagas de nível fundamental, médio e superior, na Prefeitura de Americana, localizada no Estado de São Paulo. Os salários ofertados poderão chegar ao valor de R$ 4.079, 92, em jornadas de trabalho que variam de 24 a 40 horas semanais.

O concurso será organizado e executado pela SHDIAS Consultoria e Assessoria. O concurso não constará de reservas de vagas aos candidatos portadores de necessidades especiais.

As oportunidades de emprego público em Americana poderão ser ocupadas pelos seguintes profissionais: Biólogo, Médico-Cirurgião Vascular, Cardiologista Ecocardiografista, Médico Clínico Geral de UBS, Médico de Família, Médico Endoscopista, Médico Homeopata, Neurocirurgião, Médico Plantonista Clínico Geral do Hospital, Médico Plantonista Ortopedista – II, Médico Plantonista Pediatra do Pronto-Socorro, Professor de Educação Especial, Professor de Educação Básica 2 – Arte Educação, Ciências Físicas e Biológicas, Educação Física, Geografia, História, Inglês, Língua Portuguesa, Matemática Auxiliar de Farmácia, Telefonista, Professor de Escola de Música – Clarinete, Contrabaixo Acústico, Flauta Transversal, Percussão, Saxofone, Técnica Vocal, Teoria e Percepção Musical, Trompa, Trompete, Tuba, Trombone e Bombardino, Viola Clássica, Violão, Violino, Violoncelo, Ajudante Geral, Coveiro e Servente.

Inscrições, provas e edital do Concurso Americana SP 2011

As inscrições presenciais poderão ser realizadas durante o período de 3 a 11 de novembro de 2011, no Paço Municipal da Prefeitura Municipal de Americana, localizada na Avenida Brasil, nº. 85, Centro do Município de Americana, das 9:00h às 12:00h e das 13:00h às 16:00h ou via internet, através do site www.shdias.com.br, durante o período de 31 de outubro a 15 de novembro de 2011.

A taxa de inscrição custa R$ 20,00 para os cargos de nível fundamental, R$ 30,00 para nível médio e R$ 50,00, para nível superior. As provas objetivas serão aplicadas no dia 04 de dezembro de 2011, em locais e horários que serão divulgados posteriormente. Para conhecer todos os aspectos do Concurso da Prefeitura de Americana, acesse o edital nº 002/2011 aqui e para ler o edital nº 003/2011, acesse aqui.




quinta-feira, 10 de novembro de 2011

3º Festival Internacional de Contrabaixos (São Luís - MA), de 15 a 19/11/2011


Notícia postada no site http://www.suacidade.com

O Maranhão será mais uma vez palco de grandes apresentações envolvendo contrabaixistas conceituados no cenário local, nacional e internacional. O estado sediará entre os dias 15 e 19 de novembro o 3º Festival Internacional de Contrabaixo em São Luís e São José de Ribamar.

Serão 5 dias de música instrumental da maior qualidade. Nesta edição o festival traz um espetáculo com mais de 30 músicos, numa simbiose de “diversidade e criatividade”. Baixistas de todo o Brasil e dos Estados Unidos se juntam nessa festa que consagra a Ilha de São Luís como “a capital mundial do Baixo”

Com o tema “o baixo e outras linguagens”, o evento faz um convite à pesquisa, à releitura e à re-significação de sons que prometem provocar os ouvintes mais inquietos, sensíveis, atentos e exigentes.

Confira a programação completa do 3º Festival Internacional de Contrabaixo

15/11/2011: TERÇA

19h às 20h30 – Pocket Show “Bass Day”
Praça de Alimentação do Shopping Rio Anil

Rodrigo de Oliveira (MA)
Esiel Gomes (MA)
Fernando Japona (MA)
Todd Johnson (EUA)
Celso Pixinga(SP)
Mauro Sérgio (MA)

19h às 20h30 – Pocket Show “Bass Day”

Praça de Alimentação do São Luís Shopping

Wanilson de Jesus (MA)
Edson Cosmos (MA)
Jonas Torres (MA)
Jim Stinnett (EUA)
Grant Stinnett (EUA)

16/11/2011: QUARTA

9h às 10h30 – Master Class na Escola de Música de São José de Ribamar; Equipe Stinnett Music (EUA)

11h às 12h30 – Master Class na Escola de Música de São José de Ribamar;
Celso Pixinga (SP)
19h às 22h – Show Instrumental “Circuito São José de Ribamar”, na Praça da Cultura Popular;
Kemuel (MA)
Jonas Torres (MA)
Aurelio Bona (MA)
Raimundo Santos (MA)
Tiago Santos (MA)
Luiz Rosa (SP)
Miquéias Santos (CE)
Celso Pixinga (SP)
Jim, Grant & Todd (EUA)

17/11/2011: QUINTA

9h às 10h30 – Master Class na Escola de Música “Lilah Lisboa de Araújo”;
Equipe Stinnett Music (EUA)
11h às 12h30 – Master Class na Escola de Música “Lilah Lisboa de Araújo”;
Equipe Stinnett Music (EUA)
19h às 22h – Show Instrumental “Circuito São Luís”, na Praça Nauro Machado – Centro Histórico;
Paulo Pontes (MA)
Castro Junior (MA)
João Paulo (MA)
Diórgenes Torres (MA)
Luiz Rosa (SP)
Miquéias Santos (CE)
Todd Johnson (EUA)
Jim & Grant (EUA)
Celso Pixinga (SP)

18/11/2011: SEXTA

9h às 10h30 – Master Class na Escola de Música “Lilah Lisboa de Araújo”;
Jim Stinnett (EUA)
11h às 12h30 – Master Class na Escola de Música “Lilah Lisboa de Araújo”;
Celso Pixinga (SP)
19h às 22h – Show Instrumental “Circuito São Luís”, na Praça Nauro Machado – Centro Histórico;
Rafael Bruno (MA)
Igor Redson (MA)
Lionel (MA)
Tiago Santos (MA)
Paulo Dantas (PI)
Jim Stinnett (EUA)
Todd & Grant (EUA)
Bráulio Araújo (PE)

19/11/2011: SÁBADO

9h às 10h30 – Master Class na Escola de Música “Lilah Lisboa de Araújo”;
Todd Johnson (EUA)
11h às 12h30 – Master Class na Escola de Música “Lilah Lisboa de Araújo”;
Grant Stinnett (EUA)
9h às 12h30 – Master Drums no “Teatro João do Vale”;
Dom Moio (EUA)
Oliveira Neto, Isaias Alves & Moisés (MA)
15h às 17h – Master Drums no “Teatro João do Vale”;
Dom Moio (EUA)
Oliveira Neto, Isaias Alves & Moisés (MA)
19h às 22h – Show Instrumental “Circuito São Luís”, na Praça Nauro Machado – Centro Histórico;
Nivaldo Fonteneles (MA)
Edson Freitas (MA)
Davi Oliveira (MA)
Carlos Raqueth (MA)
Ney Netto (SP)
Grant Stinnett (EUA)
Jim & Todd (EUA)
Mauro Sérgio (MA)
Celso Pixinga (SP)






Festival Internacional de Contrabaixo (Belém - PA), de 10 a 12/11/2011


Notícia postada no site http://durango95.com.br


Os Festivais Musicais já são uma tradição em nosso país, mas o Festival Nacional de Contrabaixo surgiu em 2003, na cidade de Caruaru-PE e, desde então, tornou-se um Circuito Nacional que anualmente passa por vinte e cinco cidades do Brasil e tem como objetivo a descoberta de novos talentos e o intercâmbio de músicos locais com baixistas de renome nacional e internacional.

Desde 2009, Belém faz parte do circuito deste festival e por nossos palcos já passaram nomes como Thiago Espírito Santo (SP), Ebinho Cardoso (MT), Sérgio Groove (RN), Celso Pixinga (SP), Mauro Sérgio (MA), Bráulio Araújo (PE) e Ney Conceição (PA e RJ), além de paraenses consagrados, como Adelbert Carneiro, Baboo Meireles, MG Calibre, Príamo Brandão, Rafael Trindade, dentre outros.

Este ano, o Festival de Contrabaixo traz a Belém, além dos baixistas convidados, Henrique Fontoura (RS), Ronaldo Lobo (SP), Frank Negrão (BA), Joel Moncorvo (BA) e Ney Neto (SP), uma grande e diferenciada novidade. Pela primeira vez, um grupo internacional de professores de contrabaixo participará do evento. Trata-se de três professores do renomado curso de contrabaixo da Berklee School of Music (Boston/EUA). Jim Stinett (coordenador do curso), Grant Stinett (professor) e Todd Johnson (professor), estarão durante três dias fazendo
intercâmbio e ministrando uma série de palestras, workshops e um masterclass para nossos músicos, numa oportunidade única. Eles vem acompanhados de um baterista, também professor da Berklee, Dom Moio.

O Festival Internacional de Contrabaixo ocorrerá nos dias 10 a 12 de novembro de 2011, no anfiteatro do Memorial dos Povos, sempre às 19h00 e com ingressos a R$ 10,00 (por noite).
A realização do Festival fica por conta da Associação Amigos da Música Instrumental – PA, criada para apoiar, fomentar e fortalecer este segmento em nosso estado.

Acima de tudo, o Festival é uma grande confraternização de músicos (não somente baixistas) paraenses, brasileiros e estrangeiros, com a intenção de celebrar a diversidade musical. Vida longa ao Festival Internacional de Contrabaixo de Belém.




quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Mãos que tocam a vida - Sandrino Santoro em filme (Rio de Janeiro - RJ), em 09/11/2011



Recebi este e-mail do violoncelista Paulo Santoro:

"Caros amigos, é com grande alegria que convidamos todos vocês a compartilharem este belo momento da carreira do músico e luthier Sandrino Santoro durante a 10ª edição do Recine (Festival Internacional de Cinema de Arquivo), que este ano homenageia "A Itália e o Cinema Brasileiro".

Participações de Newton Rolla, Nilton Camargo, Paulo Santoro, Ricardo Santoro, Savio Santoro e, claro, Sandrino Santoro.

Exibição do Curta Metragem "MÃOS QUE TOCAM A VIDA" de Sabrina Lima.

Data: Hoje, dia 9 de novembro - 4ª feira
Horário: 20h.
Local: Arquivo Nacional
End: Praça da República, 173 - Centro (Estação Central do Metrô, saída Praça da República)
Entrada Franca

"A imagem do povo italiano é associada, em qualquer lugar do mundo, até por eles mesmos, a mãos que gesticulam fervorosamente. Mas, além desse lugar-comum, existem mãos suaves e precisas, que, através do tradicional ofício da luteria e da música clássica, estabeleceram-se no Rio de Janeiro". Sabrina Lima"




quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Contrabaixista Tony Botelho e colegas da OPS no Projeto Metrônomo (Rio de Janeiro - RJ), 05/11/2011


O talentoso contrabaixista Tony Botelho participará do Projeto Metrônomo, junto com seus colegas da Orquestra Petrobrás Sinfônica:

Márcio Sanchez - violino
Her Agapito - violino
José Ricardo Taboada - viola

Data: 05/11/2011
Horário: 17h
Local: Praça Tiradentes - Centro
Entrada franca

Programa:

Jongo - Santino Parpinelli
Primavera (mov I) - Vivaldi
O Morro - A.C.Jobim
Dans Taranesc - Constantin Dimitriscu
A Rã - João Donato e Caetano Veloso
Outono (mov I) - Vivaldi
Manhã de Carnaval - Luis Bonfá
Dança - Radamés Gnatalli
Cantaloupe Island - Herbie Hancock
Canon - Pachelbel

O projeto Techno Clássico foi concebido a partir de uma ideia do músico Tony Botelho de tocar música clássica com uma roupagem aproximada do som que embala hoje as festas comandadas por DJs.
As composições são associadas a loops de drum & bass, hip hop e baião, fazendo com que, por exemplo, músicas compostas no século XVII sejam um irresistível convite para dançar.

O repertório que será apresentado inclui não apenas joias da música erudita, mas também preciosidades da nossa MPB.

É a oportunidade de ver Vivaldi, Pachelbel, Radamés Gnatalli, Luis Bonfá, João Donato, Beatles e Jobim convivendo em harmonia com a batida eletrônica dos tempos modernos.


O Projeto Metrônomo tem parceria com a Secretaria de Cultura do Rio de Janeiro.

Aí vai um pouquinho da arte do Tony para vocês:






terça-feira, 25 de outubro de 2011

II Encontro Internacional de Contrabaixistas Milton Romay Masciadri (Porto Alegre - RS), 03 e 04/11/2011

Data: dias 03 e 04 de novembro de 2011
Horário: veja programação abaixo
Local: Auditorium Tasso Corrêa do IA/UFRGS
Endereço:Rua Senhor dos Passos, 248 - Centro - Porto Alegre/RS

Taxas:
Recital e Palestra: ENTRADA FRANCA
Masterclasses: Executantes: R$ 100,00 - Ouvintes: R$ 30,00

Inscrições para as masterclasses: até terça-feira, 01/11/2011

ATENÇÃO: inscrições feitas após dia 01 de novembro sofrerão um acréscimo de R$ 10,00

a) através de e-mail: copie a ficha de inscrição abaixo, cole em uma nova mensagem e envie para o endereço extmusica@ufrgs.br, colocando no assunto da mensagem "Inscrição Encontro Contrabaixos"

ou

b) no Programa de Extensão do DeMus - UFRGS
Rua Sr. dos Passos, 248 /sala 62 - Centro - Porto Alegre/RS - 
Tel: (51) 3308-4325

VAGAS LIMITADAS PARA EXECUTANTES

Certificados:

Será fornecido certificado de participação somente aos alunos executantes, e atestados para os ouvintes com 75% de frequência no evento.

Informações:
Programa de Extensão do DeMus - UFRGS
Rua Sr. dos Passos, 248/sala 62 - Centro
Porto Alegre/RS - (51) 3308.4325

Programação do dia 03/11/2011, quinta-feira:

9:00 às 9:30 - Abertura oficial

9:30 às 12:30 - Masterclass - Prof. Milton Walter Masciadri

14:00 às 16:00 - Masterclass - Prof. Milton Walter Masciadri

16:30 às 18:30 - Palestra com o Prof. Alexandre Ritter: «Uma colaboração bem sucedida entre compositor e performer», baseada na dissertação: «Franco Petracchi e o Divertimento Concertante per Contrabbasso e Orchestra de Nino Rota: uma colaboração bem sucedida entre compositor e performer», de Alexandre Ritter (UGA/USA - 2010) - ENTRADA FRANCA

20:00 - Recital com o Prof. Milton Walter Masciadri e pianista convidado - ENTRADA FRANCA


Programação do dia 04/11/2011, sexta-feira:

9:00 às 10:30 - Exercícios Técnicos - Prof. Milton Walter Masciadri

11:00 às 12:30 - Masterclass - Prof. Milton Walter Masciadri

14:00 às 16:00 - Masterclass - Prof. Milton Walter Masciadri

Ministrante

MILTON WALTER MASCIADRI: Professor de contrabaixo da University of Georgia, desde 1984. Representa a terceira geração de contrabaixistas da família, que tem as raízes na Itália e no Uruguai. Masciadri nasceu em Montevidéu, onde começou os seus estudos com o seu pai Milton Romay Masciadri. Aos 17 anos, já era contrabaixista da OSPA e aos 19, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Completou o seu Mestrado e Doutorado na Hartt School of Music e State University of New York, respectivamente, trabalhando com os professores Gary Karr, Larry Wolfe e Julius Levine.Completou o seu Mestrado e Doutorado na Hartt School of Music e State University of New York, respectivamente, trabalhando com os professores Gary Karr, Larry Wolfe e Julius Levine.

Dr. Masciadri atua frequentemente em recitais e como solista com orquestras Sinfônicas na Europa, Ásia, América do Norte, América Central e América do Sul. Ele tem ministrado masterclasses em importantes universidades e conservatórios, como a Juilliard School, Manhattan School, Conservatório de Paris, Guildhall School de Londres, Conservatório de Moscow, UNIRIO e Conservatório de Buenos Aires, entre outros. Apresentou-se em grandes teatros como Colón (Argentina), La Fênice (Itália), Lincoln Center e Carnegie Hall (New York) e Municipal de São Paulo, entre outros. Masciadri leciona em diversos festivais internacionais na Europa, Estados Unidos e América do Sul, onde tem disseminado, guiado e encorajado contrabaixistas que hoje fazem parte de muitas das mais reconhecidas orquestras e instituições de ensino. As suas gravações de solista têm sido distribuídas no mundo inteiro, e os CDs "Romanza" e "Miniatures de Europa" já estão na quinta edição, sendo que o segundo está completamente esgotado. Masciadri tem gravado pelos selos DMR, ACA, Sinfônica e Fondazione.

O entusismo de Masciadri em aumentar o repertório dos contrabaixistas o tem levado a publicar e fazer a premiére de muitos trabalhos de compositores Americanos e Sul-Americanos, incluindo trabalhos comissionados por ele para instituições como a UNESCO, bem como fazendo contribuições dele próprio com transcrições e arranjos.

Masciadri é Acadêmico da Academia Philarmonica de Bologna, a instituição musical mais antiga da Europa, da qual músicos como Mozart, Rossini e Wagner foram membros. Desde 1998, Masciadri é o único contrabaixista designado "artista para a paz" pela UNESCO e, em 2009, recebeu o prestigioso titulo de Professor Universitário Distinto da University of Georgia, título este não conferido a um professor nas artes em 62 anos. Recebeu a medalha de Honra ao Mérito conferido pela UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) pelos serviços prestados no Brasil e, em 2011, recebeu a prestigiosa nomeação para a ordem dos Cavaleiros de São Marco, em Veneza na Itália.

Masciadri tem recebido excelentes críticas pela qualidade do seu som, virtuosismo e expressividade, fazendo dele um dos contrabaixistas mais reconhecidos pela qualidade da sua produção musical.

Coordenação, Direção Artística e Palestrante

ALEXANDRE RITTER: O contrabaixista brasileiro Alexandre Ritter é professor de contrabaixo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS (Porto Alegre/RS) desde 2000. Alexandre recebeu ambos os títulos de Doutor (DMA) e Bacharel (BMA) em Performance pela The University of Georgia - UGA (EUA), sob a orientação do Prof. Milton Walter Masciadri. Sua formação musical e acadêmica também inclui um ano de mestrado em Performance de Contrabaixo na University of British Columbia (Canadá), sob a orientação do Prof. Kenneth Friedman. No Brasil, Alexandre teve sua primeira orientação no contrabaixo com o Prof. Antônio Guaracy Guimarães na Fundação Municipal de Artes de Montenegro, e logo após estudou com o Prof. Milton Romay Masciadri na Escola de Música da OSPA.

Grande influência em sua carreira tem sido o famoso contrabaixista e virtuoso Franco Petracchi, com quem teve a oportunidade de estudar na Itália, na renomada Academia Musicale Chiggiana, em Siena, e no Campus Internazionale di Musica, em Sermoneta. Em Maio de 2010, sob orientação do Prof. David Haas (UGA), Alexandre completou extensiva pesquisa e dissertação de doutorado sobre o Divertimento Concertante de Nino Rota em colaboração direta com o Maestro Petracchi, em homenagem ao qual a peça foi escrita em 1973.

Alexandre já participou de vários festivais de música, tendo a oportunidade de estudar com alguns dos melhores contrabaixistas do mundo, como Franco Petracchi, Joel Quarrington, Edwin Barker, Gary Karr e François Rabbath. Sua extensa experiência como músico de orquestra inclui a participação em orquestras na América do Norte e na América do Sul, incluindo as Sinfônicas de Savannah, Charleston, Greenville e Augusta, nos EUA, bem como as Sinfônicas de Porto Alegre e Paraná, no Brasil. Seu trabalho como músico sinfônico, camerista e solista o tem levado a tocar na Alemanha, Argentina, Brasil, Canadá, Costa Rica, França, Itália e EUA.

Além das carreiras de execução contrabaixística e do ensino, Alexandre pretende fomentar e difundir novo repertório camerístico e solístico de música clássica para contrabaixo, através de recitais e concertos no âmbito nacional Brasileiro.

Coordenação e Direção Artística do III Encontro Internacional de Contrabaixistas:

Alexandre Ritter

Comissão Organizadora:

Alexandre Ritter, Hella Frank, Walter Schinke, Luciano Dal Molin e Eder Kinappe

Monitores:

Guilherme Espíndula e Luiza Prohman




Um contrabaixo encontrado no lixo!!



Esta notícia foi postada há algum tempo no site do luthier paulista Paulo Gomes, http://www.paulogomes.com.br.
Nela, ele narra a história de um contrabaixo que achou num lixo.
Como esta é uma história contrabaixística incrível, penso que precisa ficar registrada também aqui no nosso blog.

"Em julho de 2009 estavamos indo eu, minha mulher Edna e nosso filho Artur ver uma exposição de cerâmicas na rua 19 em Manhattan, NY quando nos deparamos com a cena abaixo:



Um contrabaixo jogado numa caçamba de lixo!!!

Imediatamente subí na caçamba e dei uma boa olhada no instrumento (um John Juzek feito na Alemanha nos anos 1960) que, apesar de não ter braço, estava em boas condições.
Não havia nenhuma rachadura na região da alma, nem no tampo nem no fundo.
Procurei pelo braço mas não encontrei.
Talvez seja esse o motivo de o instrumento ter sido jogado fora.
O que será que aconteceu com esse baixo antes desse dia? 

Seguimos com o instrumento pelas ruas de Manhattan até o apartamento na rua 24.
Algumas pessoas que passavam até tiraram fotos e riram.


 
Assim que cheguei no apartamento eu já tinha na cabeça tudo que faria com o instrumento.
Este seria o meu contrabaixo pois, além de excelente material, ele tinha uma história.
E uma história incrível!
Já estava decidido a montar o baixo com 5 cordas, usando um Dó agudo e barço regulável.


Como o baixo não tinha braço eu comprei um braço Juzek original e montei usando meu sistema de braço regulável (veja página no site).
Esse sistema tem funcionamento perfeito e ninguém diz que há qualquer coisa diferente no instrumento.
É praticamente invisível.

Após cerca de 3 meses de restauração (a qual incluiu novo verniz) o contrabaixo ficou pronto e além de muito bonito tem sonoridade excepcional.



Detalhes do tampo contrabaixo e do acabamento da ponta do espelho e do estandarte.


Desde então esse é o meu baixo e com ele venho tocando.
Na foto acima estou tocando nesse contrabaixo numa apresentação de jazz em São Paulo.

Acho que eu tive muita sorte em achar esse magnífico instrumento no lixo mas, como disse meu amigo Caio Martins, o baixo teve muita sorte também pois quais eram as chances de ele ser encontrado por um luthier e ainda especializado em contrabaixos ? Além disso. alguma pessoa poderia ter pego o baixo antes apenas para usar como decoração por ser uma peça "legal".

Realmente foi muita sorte dos dois lados e eu estou muito feliz com meu "novo" baixo.

O que será que pensaria o cara que jogou fora esse baixo se o visse assim lindo e tocando com essa soronidade potente e maravilhosa?"




Contrabaixista Pablo Guiñez fará estréia do Concerto para contrabaixo, coro feminino e orquestra, de Harry Crowl (Curitiba - PR), 27/10/2011

Notícia postada no site http://www.bemparana.com.br

A Orquestra Filarmônica da UFPR e o Coro Collegium Cantorum, com o tema "Música Brasileira para Coro Feminino e Orquestra" e regência de Márcio Steuernagel, farão um programa especialmente dedicado aos compositores brasileiros.

O repertório abrangerá desde o romantismo wagneriano de Leopoldo Miguéz, passando por obras mais intimistas do início do século XX, além de estrear o concerto para contrabaixo, coro feminino e orquestra, "El Espiritù de Reynogüelén", de Harry Crowl, também diretor artístico da apresentação.

Também integram a programação as obras "Invocação à Arte", de Henrique Oswald; "Contemplação", de Brasílio Itiberê II; "Criança", de Bento Mossurunga e  "As Uyáras", de Alberto Nepomuceno. O concerto conta com a participação do contrabaixista chileno Pablo Guiñez, da Camerata Antiqua de Curitiba.

Data: 27 de outubro de 2011 (quinta-feira)

Horário: 20h
Local: Teatro da Reitoria
Endereço: Rua XV de Novembro, 1299 – Centro
Entrada franca




Recital de contrabaixo e piano com João Svidzinszki e Dario Rodrigues (Ribeirão Preto- SP), 25/10/2011

Notícia postada no site http://www.pcarp.usp.br

O Circuito Musical USP Ribeirão apresentará em sua série Terças Musicais o duo de contrabaixo e piano formado em 2011 pelo contrabaixista e compositor João Svidzinszki e pelo pianista Dario Rodrigues.

Data: 25/10/2011, 3ª feira
Horário: 13h
Local: Sala de Concertos da Tulha/DM/FFCLRP/USP
Endereço: Prédio do Departamento de Música, no Campus da USP de Ribeirão Preto
Acesso: contornando a piscina do CEFER

No repertório, obras de J.S. Bach, S. Koussevitszky, Paul Hindemith, Serge Lancen e do próprio João Svidzinski, contemplando assim uma amostra eclética de estilos que vai desde o período barroco, romântico, passando pelo moderno e as fortes influências do jazz, e adentrando nas tendências da música eletroacústica.




domingo, 23 de outubro de 2011

Ron Carter: a elegância de um contrabaixista presente em discos de vários gêneros



Acabo de achar este ótimo texto sobre o grande contrabaixista americano Ron Carter, no blog http://www.carloscalado.com.br, escrito por Carlos Calado e postado no dia 15/10/2011.

"Não é apenas nas capas de discos que ele, sempre muito bem vestido, costuma exibir sua classe e sobriedade. Basta ouvir Ron Carter dedilhar seu baixo acústico, em palcos pelo mundo afora ou em milhares de gravações que já fez ao longo de cinco décadas de carreira profissional, para se perceber porque o nome desse conceituado jazzista americano, hoje com 74 anos, tornou-se praticamente uma marca de elegância e competência musical.

Isso explica o fato de tantos produtores, cantores e grupos de outros gêneros musicais - do soul de Roberta Flack ao rock do Jefferson Airplane, da bossa nova de Tom Jobim ao hip hop da banda A Tribe Called Quest - terem convocado Carter para gravar seus discos. Desde suas primeiras sessões de estúdio, no fim da década de 1950, o músico já participou de mais de duas mil gravações - números que o inserem entre os contrabaixistas mais onipresentes na história da indústria musical.

"Às vezes eu me surpreendo com o fato de artistas e bandas famosas saberem que eu ainda estou vivo", diz ele, com um bem humorado toque de humildade. "Toda vez que músicos como Paul Simon ou Aretha Franklin me chamam para participar de seus projetos, eu me sinto muito agradecido. É ótimo saber que James Brown ou a banda Kiss, para a qual gravei com um naipe de cordas, pensaram que eu poderia contribuir para que seus projetos musicais fossem bem sucedidos."

Nem é preciso perguntar a ele de quais gravações ou projetos mais se orgulha. Em qualquer lista confiável de obras-primas do jazz não podem faltar álbuns como "My Funny Valentine" (1964), "E.S.P." (1965), "Miles Smiles" (1966) ou "Nefertiti" (1967), que Carter gravou durante os cinco anos em que tocou com o trompetista Miles Davis (1926-1991). É justamente para homenagear seu ex-parceiro, morto 20 anos atrás, que ele fará uma breve temporada de shows em São Paulo, de 21 a 23 deste mês, no teatro do Sesc Pinheiros.

"Sabíamos que estávamos criando algo diferente do que todos os outros músicos faziam naquele momento, mas ainda não tínhamos ideia do nível (de qualidade) daquela música", diz Carter, referindo-se ao cultuado quinteto de Davis, que entre 1963 e 1968 incluiu também o saxofonista Wayne Shorter, o pianista Herbie Hancock e o baterista Tony Williams. Esse grupo é considerado até hoje um dos mais inventivos na história desse gênero musical. (veja o video abaixo)

Como se sabe, o inquieto Davis não era uma pessoa muito fácil de lidar, mas o temperamento sensato e tranquilo de Carter contribuiu para que fosse escolhido pelo trompetista como seu interlocutor favorito no grupo. "Jamais tive algum tipo de problema com Miles, que sempre foi um bom amigo. Eu adorava tocar com ele e, com certeza, todos sentiam um enorme prazer em tocar naquele quinteto", elogia o contrabaixista, referindo-se ao ex-parceiro como um mestre.

"Tivemos muita sorte ao sermos escolhidos para tocar com um músico tão especial. Miles foi capaz de perceber que poderíamos levar sua música na direção que ele desejasse", comenta Carter, destacando o sentido de aventura que o líder imprimia às improvisações do quinteto. "Simplesmente nos encontrávamos para tocar, todas as noites, sem saber ao certo que caminho aquela música tomaria. Tocar com Miles foi um dos grandes prazeres de minha carreira."

No entanto, quase ao fim da década de 1960, num cenário em que o jazz passou a perder espaço para o rock e a música pop, Miles pressentiu que chegara o momento de mudar mais uma vez, de assumir novos riscos. Quando decidiu enfrentar os concorrentes com suas próprias armas, aderindo à eletrificação das guitarras e dos teclados, tornou-se um dos pioneiros na criação de uma híbrida vertente do jazz, que veio a ser conhecida como jazz-rock ou, simplesmente, "fusion".

Os parceiros do trompetista não pensaram duas vezes antes de segui-lo, exceto Carter, que preferiu deixar o grupo. "Aquele tipo de música não me interessava. Não havia nela algo que eu sentisse que poderia contribuir para eu me tornar um músico melhor", diz. "Em segundo lugar, a banda de Miles estava viajando muito e, depois de passar cinco anos na estrada, achei que já estava na hora de ficar mais em casa, para ver meus filhos crescerem. Além disso, já havia muitas sessões de gravação em Nova York, onde eu teria a chance de ganhar a vida, ficando ao lado de minha família."

Elogiados álbuns como "Uptown Conversation" (1969) e "All Blues" (1973) marcaram os primeiros anos da carreira individual de Carter, que desde então tocou e gravou com quase todos os grandes músicos da cena do jazz. Também pôde se dedicar mais à música clássica, que orientou sua formação na Eastman School of Music - conceituado conservatório de Rochester, no Estado de Nova York. Vale lembrar, aliás, que seu primeiro instrumento foi o cello, o qual ainda toca às vezes. Diferentemente da maioria dos baixistas, que se limitam a marcar o ritmo com notas básicas, ele é um solista criativo, que usa esse instrumento para improvisar.

Carter, que tem se apresentado no Brasil com relativa frequência durante as últimas décadas, vai tocar desta vez com o Foursight, quarteto que destaca a talentosa pianista Renée Rosnes, além do baterista Payton Crossley, que o acompanha desde a década de 90, e do percussionista Rolando Morales-Matos. O repertório será centrado em seu álbum "Dear Miles" (2007), que inclui standards da canção americana, como "My Funny Valentine" e "Bye Bye Blackbird", cujas interpretações de Miles Davis, nas décadas de 1950 e 1960, tornaram-se clássicas.

Apreciador da música brasileira, à qual dedicou o álbum "Orfeu" (1999), além das gravações que já fez com Tom Jobim, Astrud Gilberto, Hermeto Pascoal, Flora Purim, Guilherme Vergueiro e Rosa Passos, entre outros, Carter diz que está sempre aberto a ideias que o envolvam novamente com os ritmos brasileiros. "Se alguém do Brasil ligar para mim agora, querendo que eu contribua com seu projeto, ficarei muito feliz se puder participar."

Cada músico tem uma definição pessoal para o jazz e Carter não foge à norma. "Essa é a música que eu sempre quis tocar. O jazz permitiu que eu pudesse participar de muitos trabalhos, nesses anos todos, tocando com pessoas das quais acabei me tornando amigo. É um privilégio poder tocar boa música todas as noites", conclui o elegante mestre do contrabaixo.

(texto publicado no caderno Eu & Fim de Semana, do "Valor Econômico, em 14/10/2011)"





Parabéns contrabaixístico para o Blog!


Um auto-parabéns para o Blog da Voila Marques, que está completando 5 meses de vida, e um obrigada aos olhinhos contrabaixísticos e não-contrabaixísticos de todos vocês!

Aqui vão os números:
191 postagens contrabaixísticas e 41 não-contrabaixísticas;
Mais de 4 mil visitas e quase 10 mil visualizações de páginas (desde que foi colocado o 1º contador);
Visualizações de 25 países e de 377 cidades;
12 comentários.

E parafaseando o grande escritor português Fernando Pessoa, tudo vale a pena, quando a alma não é pequena ... e adora os graves!...




sábado, 22 de outubro de 2011

Concurso para contrabaixista (tutti) da Orquestra Sinf. do Porto Casa da Música (Porto - Portugal), 11/11/2011

 Notícia postada no site http://www.casadamusica.com

Audições em curso para contrabaixo tutti e violoncelo tutti.

Contrabaixo Tutti
Contrato temporário: até julho 2012
Terça, 15 de novembro de 2011, às 10h

Programa

Durante uma prova única, os candidatos apresentarão:
· uma obra à escolha do candidato, com ou sem acompanhamento de piano*, de duração não superior a 6 minutos;
· alguns excertos** de repertório da Orquestra para esta temporada, incluindo um excerto com uso de um contrabaixo de 5 cordas;
*a Fundação Casa da Música não fornece pianista.
** a lista pormenorizada e completa destes excertos será publicada brevemente no site da Casa da Música.

Data/hora limite para recepção de candidaturas:
sexta-feira, 11 de novembro de 2011, até às 17h
(devendo ser indicada a obra à escolha)
A candidatura (com CV) a ser enviada por correio ou e-mail, deverá ser recebida até à data/hora mencionada para o seguinte endereço:

Orquestra Sinfónica do Porto
Casa da Música (Audições)
Fundação Casa da Música
Avenida da Boavista 604-610
4149-071 Porto | Portugal
tel: +351 220 120 200

PDF do concurso: clique aqui




O estereótipo de cada musicista


Notícia postada no blog http://garimpandobeleza.blogger.com.br, com os créditos para o site http://www.movimento.com e escrito por Edson Tadeu Ortolan.


"Maestro - Sujeito magro, porte austero. Veste-se muito bem, adoraria usar roupas mais confortáveis, mas a imagem não permite. Oculos é obrigatório. Careca (ou quase). Um cara normalmente chato, aquele que só é convidado para o "choppinho de depois do concerto" por obrigação. Olha a todos de cima, mas adoraria ser popular. Suas piadas não têm graça nenhuma, mas todos riem. Em suma, é o idolo do violinista, mas, no fundo no fundo, admira o trompetista. Carro preto ou prateado do ano.


Oboísta - Todo oboísta queria ser maestro, mas a timidez o impede. Sempre muito reservado,necessita ter tudo sob controle. Perfeccionista por natureza. Dedos finos e cabelo sempre bem alinhado. Fica sempre meia hora depois do ensaio, limpando o instrumento. Vai à manicure, mas é segredo! Seu momento de glória é dar o Lá para afinar a orquestra.


Violinista - Alto, sempre com um pinta de importante. Adoraria ser maestro, mas acha uma posição muito inferior ao seu talento. Considera-se o mais importante da orquestra e tudo que diz reforça essa tese. Antes do ensaio, toca sempre partes do concerto de Brahms, para impressionar os outros violinistas. Quando o maestro chama a atenção de outro naipe, o violinista sempre dá um sorriso sarcástico, quase imperceptível. Sai de cada ensaio com o orgulho de "dever cumprido" e vai para casa - um apartamento minúsculo - onde uma foto da mãe está acima do espelho gigante na sala.


Violoncelista - É um cara legal. Um amigo para toda hora, mas muito fofoqueiro. Sabe da vida de todos da orquestra. Adora tocar solos de violino nos harmonicos só para irritar os violinistas. Loiro, o cellista é mais charmoso do que bonito. Acha-se um privilegiado por não ter que levantar no final do concerto e é vaidoso.


Contrabaixista - Baixinho e temperamental. Escolheu o contrabaixo para "impor respeito", mas o tiro saiu pela culatra. Estuda somente nos ensaios, a não ser que tenha que tocar uma peça barroca, onde é o único a tocar o baixo. Acha-se importante por sustentar toda a orquestra, mas na verdade sabe que ninguém o ouve. Sempre com camisa branca e cabelo curto. Toca baixo elétrico secretamente.


Pianista solista - Cabelo preto e curto. Sempre ocupado porque precisa "estudar". Nunca vai a festas, e, quando aparece, vem sozinho e sai mais cedo. Quando olhamos em seus olhos, nunca sabemos o que está se passando pela sua cabeça. Tem um papo agradável, mas é um alienado em relação a assuntos extra-musicais. Adora comparar gravações de outros pianistas. Tem sempre uma ou duas cantoras apaixonadas por ele, mas está sempre muito ocupado para relacionamentos. Admirado pelos violinistas, acha tocar música de câmara uma perda de tempo. 

Autor: Edson Tadeu Ortolan - em 13/3/2005"




Contrabaixista Augusto Mattoso no Osmar Milito Trio (Rio de Janeiro - RJ), 22/10/2011

Em 47 anos de carreira, Osmar Milito é um dos mais renomados pianistas brasileiros, tendo acompanhado artistas como Edison Machado, Paulo Moura e Vinícius de Moraes. 

Junto com o talentoso e charmoso contrabaixista Augusto Mattoso e com o baterista Xande Figueiredo, o Osmar Milito Trio reviverá a temporada de 10 anos de sucesso no Mistura Fina da Lagoa. 

O trio interpretará standards da bossa nova e do jazz, como Sonho de Maria, Killer Joe e Nature Boy, e o espetáculo estará repleto dos sucessos que fizeram do Mistura Fina a casa mais concorrida do Rio de Janeiro.

Osmar Milito - piano
Augusto Mattoso - contrabaixo
Xande Figueiredo - bateria

Data: 22/10/2011 - sábado

Horário: 21h à 1h
Local: TribOz - Centro Cultural Brasil-Austrália
www.triboz-rio.com
Endereço: Rua Conde de Lages, 19 - Off-Lapa
Estacionamento rotativo na Rua Conde de Lages, 44 (R$ 5,00)
Couvert artístico: R$ 20,00
Abertura da casa: 20h 
Informações e reservas: (21) 2210 0366 - 9291 5942


Aí vai um pouco da arte do Trio para vocês ouvirem:





quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O Príncipe e o Contrabaixo - Quando os contos viram realidade...

A double bassist carved on 18th century Alsatian buffet.
A história do contrabaixista do vídeo que vocês vão ver é prá lá de interessante, e nos mostra que contos de fadas modernos podem existir, desde que com muito estudo e dedicação, aliados àquela pitada de sorte, imprescindível em todos os contos de final feliz...

No nosso conto de fadas contrabaixístico, o humilde camponês vai tocar contrabaixo num rico palácio, e seu talento é reconhecido por um rei muito famoso, que o convida para aperfeiçoar a sua arte contrabaixística em suas terras. Com isso, ele termina virando um príncipe do contrabaixo e ganha uma carta mágica com poderes de fazê-lo viajar pelo mundo com a sua arte e ser feliz para sempre, e fazer muitas pessoas felizes com isso...

Licença Creative Commons
Orientacoes Contrabaixisticas by Voila Marques is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas License.

Com vocês, o príncipe contrabaixista, Adriano Costa Chaves:






Contrabaixista Natália Terra no Projeto Música no Museu (Rio de Janeiro - RJ), 04/11/2011

Notícia postada no site http://www.vivamusica.com.br

Thatyana Silva e Cristiano Costa, clarinetes
Natália Terra, contrabaixo
Orquestra Jovem Música no Museu
Anderson Alves, regente.

Data: 04 de novembro de 2011, sexta-feira
Hora: 12:30h
Entrada franca
Série: “Música no Museu”

Local: Centro Cultural Light
Endereço: Av. Marechal Floriano, 168 – Centro
Tel.: (21) 2211-4515

Programa:

Sibelius: Andante festivo
Anderson Alves: Concerto para clarineta e orquestra de cordas
Villa-Lobos: Prelúdio das “Bachianas brasileiras N. 4”
Bottesini: Gran duo para contrabaixo, clarineta e cordas
Mendelssohn: Sinfonia N. 2 em Ré maior para orquestra de cordas.

Aqui vai um vídeo (2008) da Natália para vocês verem:





quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Maria Gorda e sua vizinha, a Tia Bunduda


Acabo de achar esse texto pela internet, que caiu como uma luva nos meus olhinhos contrabaixísticos.
Qual contrabaixista nunca sentiu alguma afinidade com os tubistas?
Quantos contrabaixistas não viraram contrabaixistas da mesma forma que o autor desse texto imaginou ser o destino dos nunca d'antes imaginados tubistas?

O contrabaixo acústico também é conhecido - entre outros apelidinhos fofos (rabecão, armário...)-, por Maria Gorda.
Depois de ler esse texto, descobri que somos a Maria Gorda, vizinha da Tia Bunduda...

Texto extraído do blog http://livroseafins.com , escrito por Alessandro Martins:

"(...)
A tuba

Não há nada de sexy em uma tuba. O som é engraçado – não no sentido de gracejo, mas de cômico e de patético -, o formato é desengonçado e a forma de tocar desajeitada. É fácil imaginar bochechas infladas e rosadas e uma testa suando. Ao se ouvir uma orquestra várias perguntas surgem a respeito das escolhas dos instrumentistas. Afinal, o que leva alguém a tocar fagote, ou oboé, ou contrabaixo?

E para todos há respostas plausíveis. O fagote tem um timbre inigualável e exótico, o oboé, a complexidade e as nuances e até o contrabaixo tem seu glamour, seu apelo e seu tamanho desajeitado – que muda completamente a vida de seu instrumentista – celebrizado pelo monólogo O Contrabaixo, de Patrick Suskind. O contrabaixista é uma espécie de cristo da orquestra que, diariamente, precisa carregar sua cruz. Mas até para ele se consegue respostas. Talvez um certo masoquismo, uma certa megalomania, um certo apego a grandes objetos e a sons graves.

Mas o que leva alguém a tocar tuba? Contingência. Contingência é a primeira palavra que me vem à boca. Como a posição de goleiro. Nem sempre alguém quer assumi-la. Mas alguém tem que fazê-lo. A tuba não é uma amante. Não é nem mesmo uma esposa, a quem mais das vezes se está unido pelos laços burocráticos do matrimônio. Ela é uma tia bunduda.


Como se tornar tubista

Consigo imaginar a história de alguns tubistas – é assim que se chama? O sujeito, em casa, descansa. Assiste algum seriado na tevê e o telefone toca.

- Opa! Beleza, Antenor? Precisamos de alguém na nossa orquestra…
- …
- Pois é! Falta um músico…
- …
- Não importa que você não saiba tocar nada… aprende o básico na hora e o resto vai sem pressa…
- …
- Vem pra cá. Acho que já tenho até um instrumento pra você…
- …
- Ninguém quer tocar porque é… bem… meio complexo…
- …
- Não, não… você pega com facilidade… não importa se é complexo. O importante é que ele é um grande instrumento. Essencial e único. Na hora eu digo qual… é… ahn… surpresa…

Sim. O fato é que, em princípio, ninguém quer tocá-la. A tuba é um instrumento pelo qual ninguém se apaixona. As pessoas se apaixonam pelo saxofone e seu som sensual, pelo trumpete e seus toques triunfantes, até pela nobreza aristocrática das trompas, mas nunca pela tuba. Até o nome é pouco atraente.

De início o sujeito coloca aquela coisa – digo, aquele instrumento – no colo, meio ressabiado. Aprende a embocadura e tira os primeiros sons. Talvez tenha sido um trumpetista que não deu certo. Talvez em uma orquestra de menor porte tivesse a chance de tocar clarinete.

O fato é que, quando ele percebe, já está encaixando a boca naquele metal como quem encara uma gengiva banguela. Na verdade, isso é só uma imagem por demais forte para, talvez, causar algum impacto no leitor e assim sensibilizá-lo para o drama que vive este personagem. Mas uma amiga, que prefere não se identificar, afirma que namorou com um tocador de tuba e garante que ele beijava como ninguém. (...)"

Aí, falando em beijo, eu me lembrei de uma ótima piadinha contrabaixística:
Tava um contrabaixista tocando na noite em algum bar quando, de repente, ele se vira para o baterista e pergunta:
- Você beija quando f...?
O baterista olha para ele meio que sem entender a pergunta, ainda mais àquela hora da madrugada, e deixa o contrabaixista prá lá.
Como o baterista não responde nada, o contrabaixista repete a pergunta:
- Você beija quando f...?
- Claro!
- Então me agarra e me beija, porque você está me f....endo a noite toda, sem um beijinho sequer!




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